Maggie, a “Gata em Telhado de Zinco Quente”. Créditos da imagem: Artistas Unidos e*
Aspirações, ansiedade e desejo de uma “Gata em telhado de zinco quente”. Troca de acusações. Egos exaltados e provincianismo. Dependências e lucidez. Mas do que estamos mesmo a falar? A Saber Viver Lisboa TV foi ao Teatro de Almada assistir a uma peça que pode ter mais do que um sentido. Conheça o nosso foco de análise. Crónica – Por Daniela Gonçalves
É de uma forma emocionalmente conturbada e estéril que se faz o dia a dia em família numa casa onde o peso do passado, presente e futuro retira o prazer de viver. Todavia, no meio de frustrações individuais e tensões familiares, há algo a realçar pela ironia e pertinência – a lucidez e inteligência da personagem que é considerada pelas outras como a fraca e alcoólica. De notar a sua resiliência face a uma vida e destino que se revelam tristes. De lamentar que lhe falte a força para sair daquele ciclo vicioso – a convivência naquele lar. A personagem chama-se Brick e é casado com a personagem Maggie, metaforicamente associada à imagem da “Gata em telhado de zinco quente”, que dá nome à peça de Tennessee Williams. O espectáculo subiu ao palco do Teatro Municipal Joaquim Benite*, em Almada, entre os dias 15 e 18 deste mês. O trabalho resultou da parceria entre os Artistas Unidos em co-produção com o *Teatro Viriato, *Fundação Centro Cultural de Belém e *Teatro Nacional S. João.
Brick. Créditos da imagem: Artistas Unidos e *