“Yo-Yo”, filme da autoria de Pierre Étaix, remete-nos para a “redescoberta” intemporal de valores e objetivos intrínsecos à vida. A reflexão é suscitada, num contexto em que tantas vezes as pessoas se sentem presas a uma vida estanque, sem emoção e preenchida com rotinas impostas por um trabalho repetitivo, sem novidade. Por Daniela Gonçalves
“Yo-Yo” faz-nos viajar até à magia do universo circense, todavia é possível retirar ilações para os restantes universos da vida, em geral, e do trabalho, em particular. Este filme de Étaix relembra-nos, igualmente, a importância do cultivo dos afetos, em nome de uma vida plena de significado.
Yo-Yo é uma das personagens centrais do filme de Étaix. Palhaço desde pequeno, é impelido a restaurar o castelo dos pais. A carreira de Yo-Yo e o restauro são bem sucedidos, não obstante, a fama não o liberta da rotina de escritório. A libertação surge, apenas, no fim do filme, quando Yo-Yo recebe a visita de um velho amigo, o elefante circense que o conduz novamente ao local da sua paixão: o circo.
De salientar a expressividade do olhar de Yo-Yo evidenciada nos momentos de melancolia e alegria.
“Yo-Yo” de Pierre Étaix foi exibido, no dia 8 do presente mês, na Cinemateca Portuguesa.
Para obter informação adicional, aceda a:
http://www.cinemateca.pt/programacao.aspx?id=2140&ciclo=331&page=6
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*Este texto não pretende ser uma crítica de cinema, visando antes a construção de um discurso de reflexão em torno de ideias importantes patentes no filme em questão, as quais vão ao encontro da linha editorial do projeto Saber Viver Lisboa TV.